"— Thereza, chama a ambulância — escuto a voz do meu pai e arregalo os olhos, assustada. — Estou morrendo, amor. Estou com falta de ar.
P*uta que pariu!
Desde que quando ele está aqui? Ele ouviu o que estávamos fazendo? MEU SENHOR AMADO!
Eles não tinham ido num bar? Não estavam do outro lado da cidade enchendo a cara e fazendo piada sobre aposentadoria e próstata? Que merda! Achei que estávamos sozinhos. Que merda dupla!
Brandon tenta se levantar da cama, tropeça no lençol e quase cai. Eu puxo a primeira coisa que vejo — a camiseta dele — e enfio pela cabeça com tanta pressa que fico com um braço preso por dentro.
— F*odeu! — ele sussurra.
Corro até a porta, abro com tudo e dou de cara com meu pai parado no corredor, uma das mãos no peito e a outra apoiada na parede como se estivesse no último capítulo de uma novela mexicana.
— Pai, pelo amor de Deus, para com isso. — Me aproximo, tentando segurar o seu braço.
— Sai, ingrata — ele responde com a voz esganiçada. — Eu vou morrer por sua causa!
— Você nem viu nada! — berro, completamente vermelha, o cabelo uma zona, e provavelmente com uma marca de chupão no pescoço.
— Eu ouvi, Faith! Meus ouvidos não são seletivos, minha filha, infelizmente.
— Meu Deus! — Enfio a cara nas mãos.
Brandon aparece atrás de mim, ainda puxando a bermuda com uma das mãos e segurando o celular com a outra, provavelmente já ligando para a emergência.
— Hospital, vamos para o hospital! — ele grita, indo em direção ao meu pai.
— Não encosta em mim, Judas! — meu pai grita, se afastando dele com um gesto teatral, como se Brandon tivesse tentando esfaqueá-lo. — Você me deu um infarto e agora quer me salvar? Vai tomar no c*u você, esse abdômen definido e as suas palavras bonitas sobre a minha filha!"
O FINN EU TO MORRENDO AKSKSKAKAKAKAKAKAKAMAKAKAKAMAKAMAKAKAKA