"Otelo" é uma das maravilhosas tragédias de Shakespeare.
De fácil leitura, a narrativa nos leva a conhecer o Mouro Otelo, homem oriental, que tem ul lugar de poder no senado de Veneza - o que faz com que muitos colegas virem o rosto com preconceito. Ele desposa a bela Desdêmona, uma menina rica, filha de um homem também com poderes e posses, mas que odeia a decisão da filha de sair escondida para casar-se com um negro "incivilizado".
Com ódio do poder de Otelo, Iago é o grande vilão da trama e o homem que faz toda a manipualação da história. Ele quer a ruína de Otelo, que ele se torne o monstro que a sociedade acha que ele verdadeiramente é, e para isso faz tramas e tramas de mentiras e traição, transformando mocinhos em traídores, vilões e, por fim, assassinos.
Gosto de pensar os personagens de Otelo, apesar de, com os olhos de hoje, achar a história um pouco inocente. Os personagens simplesmente não se falam, não se comunicam, o que faz com que a linhagem de fake news se espalhe rapidamente e sem limites, e causa um sentimento de aflição que acho digno de uma boa novela.
O ápice é excelente, o final é com certeza de tirar o fôlego, O amor de Otelo e Desdêmona, a redenção de Emília, o inocentamento de Cássio e finalmente a exposição de Iago, um vilão sorrateiro e escorregadio como há muito tempo não lia. Shakespeare sempre será um gênio!