Com certeza fazendo jus ao seu primeiro livro, "O Filho da Bruxa" é um livro com plots incríveis, reviravoltas vindas do nada e um sentimento querido de revisitar personagens antes protagonistas e agora fantasmas que ainda têm muito a dizer.
Liir não sabe de onde veio, não conhece sua real história e origem, o que ele tem são desconfianças e sombras pesadas demais para carregar. Ele nos é apresentado, a princípio, desacordado, gravemente ferido e precisando de cuidados urgentes, ninguém sabe o que o feriu. Traçando um paralelo com seu nascimento, Liir vai parar no Mosteiro de Santa Glinda nos mesmo termos que sua mãe em seu nascimento - exausto, ferido, num sono profundo, uma espécie de quase morte.
É nesse cenário, e sob os cuidados da noviça Vela, que vamos descobrindo o passado de Liir e entendendo como se encontra Oz após a partida do Mágico, a morte da Bruxa, o regresso de Dorothy e a ascensão de Glinda.
Mais uma vez, Maguire nos apresenta um cenário político caótico, super bem construído e naturalmente mau, onde a maldade humana é destrinchada e escancarada de maneira surpreendente.
A princípio a leitura me foi muito confusa, principalmente quando memória e presente eram costurados (toda a primeira parte da leitura do livro), até quando Liir finalmente acorda ainda sob os cuidados de Vela, mas começa a viver seu presente, ainda trazendo suas memórias, mas finalmente quando podemos destrinchar a real personalidade do nosso protagonista, e que camadas e construção INCRÍVEIS Gregory reservou para o filho da Bruxa Má do Oeste.
Um livro que faz com que o musical de Wicked seja só um mero musical infantil com luzes e glitter, mas que não consegue passar a real força que deveria passar.
Elfaba vive! Ozma vive! O Mágico vive! Liir vive! Todo mundo vive, exceto nós!